domingo, 25 de outubro de 2009

Oficina Livre: Sequência didatica
















Um comentário:

  1. Quarta-feira,dia 21,realizamos a última oficina livre.Após o de costume( vídeo,mensagem,fala,reflexão)iniciamos a oficina livre.O encontro anterior não havia saído exatamente com gostaríamos que tivesse saído, então pensamos em algo que auxiliasse nossas reflexões a respeito de coesão, coerência,argumentação e produção textual. Se o professor quer que seus alunos produzam textos coerentes e coesos, é preciso mostrar o funcionamento destes mecanismos na situação de produção específica em que o texto está inserido. Somente desta maneira o aluno vai se familiarizar com novas aquisições lingüísticas e perceber que solucionar um problema de coerência ou coesão em um texto não significa simplesmente trocar uma palavra, substituir ou modificar um conectivo, nem adequar os tempos verbais, trata-se, antes de mais nada, de perguntar sobre os elementos que envolvem sua produção. Propomos então um trabalho de sequencia didática.Iniciamos pedindo aos cursistas que escrevessem um texto sobre uma máquina.Não esclarecemos nada,apenas exigimos que o fizessem. Foi uma reclamação só.Depois de um certo tempo,eles não podiam mais escrever. O tempo disponibilizado para a tarefa também foi motivo de protesto. Então, entregamos o texto a Máquina Extraviada de José J.Veiga. Lemos o texto, discutimos, foi feito grupos e cada grupo recebeu uma atividade para produção.Reportagem, Poesia e Artigo de opinião, tendo como base o texto A máquina extraviada. Depois de terem produzido em grupos,fomos para a socialização das produções, momento de muita reflexão, pois segundo os cursistas,em seus relatos orais e escritos, conseguimos colocá-los no lugar do aluno e ver que certas atividades, ou a forma que as levamos, não permitem ao mesmo gostar e mesmo entender a proposta. Analisamos as características de cada gênero, o porquê, e como levar para a sala de aula de forma prática e criteriosa.O artigo de opinião foi o que mais gerou discussão,talvez por ser um gênero textual que não usamos muito em sala e também por ele tratar da argumentação e sua construção.Transpomos algumas considerações a respeito; Em muitos casos, a incoerência ou inconsistência de um texto decorre da inabilidade de selecionar o que é relevante para a situação de produção: pode perder o foco e tornar-se, se não incoerente, improdutivo para o gênero pretendido. Muitas vezes é este o problema que detectamos nos textos dos nossos alunos, sendo preciso mostrar a eles que a unidade de sentido a ser trabalhada no texto está diretamente relacionada com as características e as condições de produção exigidas pelo gênero. A compreensão do funcionamento das conjunções, de seu sentido, de sua função argumentativa, das relações que estabelecem entre as ideias em um editorial, ou em uma carta aberta, artigo de opinião, entre outros do gênero da argumentação, é que pode evitar os períodos incoerentes do ponto de vista sintático, semântico e principalmente, do ponto de vista da situação comunicativa que se pretende. Todos estes conhecimentos são fundamentais para o trabalho com a argumentação. Entretanto, saber isto não é suficiente para construir uma boa argumentação nos diferentes gêneros. Assim, convencer um conjunto de leitores de um artigo de opinião, por exemplo, é muito diferente do que convencer um interlocutor específico em uma carta reivindicatória. As estratégias argumentativas a serem mobilizadas para um e para outro caso se distinguem e precisam levar em conta elementos da situação de comunicação específica. Isto significa dizer que a coerência de um e de outro texto precisa ser definida não pelos argumentos em si, mas pelo seu funcionamento em cada situação comunicativa. É por este motivo que vale a pena mostrar aos alunos a maneira como estes mecanismos funcionam no interior dos textos. E foi o que tentamos fazer com nossos cursistas. Para finalizar trouxemos o texto Minhas férias, pula uma linha, parágrafo, de Christiane Gribel.Foi o máximo.

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